Em todos os meus anos dedicados ao cinema, fui sempre desafiado pelas icónicas figuras de ação dos anos 80 e 90. Tive sempre o maior respeito por todas aquelas sequências de ação foleiras e baratas, por toda a falta de expressividade performativa dos seus líderes, por toda a história cheesy, carregada de frases parolas só para dar aquele toque cool e mostrar que a testosterona é tudo o que o mundo precisa para ser salvo. Músculos abundantes, talento para as artes marciais e vilões que nunca se deviam ter metido com a humanidade porque temos um Sylvester Stallone, um Steven Seagal, um Jean-Claude van Damme, um Chuck Norris, um Arnold Schwarzenegger, um Jackie Chan, para salvar o dia. Somos, de facto, uns ingratos e sugiro que, quando formos invadidos por aliens sanguinários, que os coloquemos na linha da frente de combate. Mal eles sabem com quem se vieram meter…
Jiu Jitsu é um esforço, ou uma tentativa de esforço, de recuperar esta nostalgia que, por si só, nunca foi mais do que isso: nostalgia. O nosso cérebro ainda estava em transformação quando víamos estes filmes e nos deslumbrávamos. Claro que nem tudo é mau, já que nas mãos de alguém que tenha estima pela arte, acaba sempre por conseguir dar um toque qualitativo a este género de cinema condenado pela sua falta de inteligência. Então, Jiu Jitsu foca-se em Jake, um mestre de jiu jitsu, que está amnésico e precisa de aceitar o seu destino de derrotar um intruso alienígena que chega ao nosso planeta de seis em seis anos para lutar com o maior mestre de artes marciais do planeta. Como podem ver, nada é impossível quando se tem um Nicolas Cage e um protagonista desconhecido saído de um ringue de wrestling! A verdade é que não dá para fazer uma abordagem séria de Jiu Jitsu porque o filme é um atentado cinematográfico.
No seu elenco, temos ainda Tony Jaa (de quem sou bastante fã!), Marie Avgeropoulos (da série The 100), Frank Grillo (que é já uma estrela de filmes parolos deste género) e Rick Yune (que conhecemos da saga Velocidade Furiosa); todos eles em prestações extremamente vulgares e sem qualquer tipo de dimensão. E, claro, não nos podemos esquecer de Nicolas Cage que dá um ar da sua graça e que, de graça, nada tem. E o protagonista? Deem as boas-vindas ao novo tijolo performativo de Hollywood! A realização está a cargo de Dimitri Logothetis, responsável pelo franchise de Kickboxer. Um realizador que não tem muita consciência dos recursos que tem à sua disposição e traz aquelas que são as sequências de luta mais plásticas e insonoras à face da terra. Não há qualquer pingo de noção de que Jiu Jitsu não tem absolutamente nada a seu favor.
A história é débil… débil é um elogio… é precária e as personagens são desprovidas de qualquer camada ou dimensão. A própria realização experimental de Logothetis é penosa e sem emoção ou adrenalina. Estamos a ver literalmente o que poderia ser um episódio ficcional de um combate de wrestling onde bastava deixar as suas estrelas serem elas próprias e não precisaríamos de nada mais para nos sentirmos entretidos. Portanto, Jiu Jitsu é um filme cuja existência prova que ter nomes sonantes no elenco não é suficiente para trazer algo comestível, especialmente quando a nostalgia dos anos 80 e 90 não consegue ser recuperada por tamanha idiotice em toda a sua composição.
CONTÉM SPOILERS DE JIU JITSU!
Em todos os meus anos dedicados ao cinema, fui sempre desafiado pelas icónicas figuras de ação dos anos 80 e 90. Tive sempre o maior respeito por todas aquelas sequências de ação foleiras e baratas, por toda a falta de expressividade performativa dos seus líderes, por toda a história cheesy, carregada de frases parolas só para dar aquele toque cool e mostrar que a testosterona é tudo o que o mundo precisa para ser salvo. Músculos abundantes, talento para as artes marciais e vilões que nunca se deviam ter metido com a humanidade porque temos um Sylvester Stallone, um Steven Seagal, um Jean-Claude van Damme, um Chuck Norris, um Arnold Schwarzenegger, um Jackie Chan, para salvar o dia. Somos, de facto, uns ingratos e sugiro que, quando formos invadidos por aliens sanguinários, que os coloquemos na linha da frente de combate. Mal eles sabem com quem se vieram meter…
Jiu Jitsu é um esforço, ou uma tentativa de esforço, de recuperar esta nostalgia que, por si só, nunca foi mais do que isso: nostalgia. O nosso cérebro ainda estava em transformação quando víamos estes filmes e nos deslumbrávamos. Claro que nem tudo é mau, já que nas mãos de alguém que tenha estima pela arte, acaba sempre por conseguir dar um toque qualitativo a este género de cinema condenado pela sua falta de inteligência. Então, Jiu Jitsu foca-se em Jake, um mestre de jiu jitsu, que está amnésico e precisa de aceitar o seu destino de derrotar um intruso alienígena que chega ao nosso planeta de seis em seis anos para lutar com o maior mestre de artes marciais do planeta. Como podem ver, nada é impossível quando se tem um Nicolas Cage e um protagonista desconhecido saído de um ringue de wrestling! A verdade é que não dá para fazer uma abordagem séria de Jiu Jitsu porque o filme é um atentado cinematográfico.
No seu elenco, temos ainda Tony Jaa (de quem sou bastante fã!), Marie Avgeropoulos (da série The 100), Frank Grillo (que é já uma estrela de filmes parolos deste género) e Rick Yune (que conhecemos da saga Velocidade Furiosa); todos eles em prestações extremamente vulgares e sem qualquer tipo de dimensão. E, claro, não nos podemos esquecer de Nicolas Cage que dá um ar da sua graça e que, de graça, nada tem. E o protagonista? Deem as boas-vindas ao novo tijolo performativo de Hollywood! A realização está a cargo de Dimitri Logothetis, responsável pelo franchise de Kickboxer. Um realizador que não tem muita consciência dos recursos que tem à sua disposição e traz aquelas que são as sequências de luta mais plásticas e insonoras à face da terra. Não há qualquer pingo de noção de que Jiu Jitsu não tem absolutamente nada a seu favor.
A história é débil… débil é um elogio… é precária e as personagens são desprovidas de qualquer camada ou dimensão. A própria realização experimental de Logothetis é penosa e sem emoção ou adrenalina. Estamos a ver literalmente o que poderia ser um episódio ficcional de um combate de wrestling onde bastava deixar as suas estrelas serem elas próprias e não precisaríamos de nada mais para nos sentirmos entretidos. Portanto, Jiu Jitsu é um filme cuja existência prova que ter nomes sonantes no elenco não é suficiente para trazer algo comestível, especialmente quando a nostalgia dos anos 80 e 90 não consegue ser recuperada por tamanha idiotice em toda a sua composição.
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Título: Jiu Jitsu
Título Original: Jiu Jitsu
Realização: Dimitri Logothetis
Elenco: Nicolas Cage, Marie Avgeropoulos, Frank Grillo, Tony Jaa, Rick Yune, JuJu Chan, Alain Moussi, Eddie Steeples.
Duração: 102 min.
Trailer | Jiu Jitsu
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