Um dos filmes recentes que mais ansiava por ver chegou e, de certa forma, não consigo esconder um pouco a minha desilusão. Dreamland acompanha a história de Eugene Evans, que descobre uma assaltante de bancos foragida da justiça no seu celeiro e depressa se apaixona por ela. Juntos, pretendem assaltar um banco no México para poderem ser felizes.
Dreamland tem algumas referências interessantes e que compõem uma narrativa rica em vibes de Bonnie & Clyde. É também mais uma significativa prestação de Margot Robbie, que continua a provar que é uma das mais versáteis atrizes da sua geração. Temos também um Finn Cole, por quem ganhei um amor especial depois de Peaky Blinders e Animal Kingdom. Apesar de ter aspetos muito engraçados, Dreamland é um filme tão banal e tão desprovido de um propósito credível que se torna pouco cativante. A narrativa gira em torno dos protagonistas e, por muito carismáticos que sejam, não são suficientes para camuflar um cliché desnecessário e óbvio.
Dreamland é pobre em dar camadas às suas personagens e tem uma narrativa que não consegue distanciá-lo de filmes do género que, de alguma forma, conseguem ser bem mais envolventes que este. Utilizar referências a clássicos não deve ser feita sem um propósito claro. Dreamland vagueia por um meio que ele próprio não consegue entender. Há toda uma falta de desenvolvimento e a química entre personagens de nada serve se não houver algo sobre elas que nos faça criar empatia. A verdade é que o próprio final do filme é muito vago e sem força. Como não há tempo suficiente para nós, enquanto espectadores, nos conseguirmos envolver emocionalmente com os intervenientes, Dreamland torna-se um exercício baço e sem grande estímulo.
Claro que em termos técnicos até acaba por se revelar uma boa surpresa, mas a carência de ação e um enredo que não tem muito propriamente por onde se lhe pegue, faz com que este seja um filme só por ser. No restante elenco temos também Travis Fimmel, Garrett Hedlund e Kerry Condon que, honestamente, nada trazem para melhorar a situação de Dreamland. E a dupla protagonista não consegue dar a força que o filme necessita porque é explorada de forma muito superficial. Portanto, mesmo que as intenções de Dreamland fossem boas, o filme falha redondamente em tornar-se algo que se distingue dos demais filmes do género, e utiliza a sua dupla protagonista para disfarçar os seus maiores defeitos, ainda que sem sucesso.
CONTÉM SPOILERS DE DREAMLAND!
Um dos filmes recentes que mais ansiava por ver chegou e, de certa forma, não consigo esconder um pouco a minha desilusão. Dreamland acompanha a história de Eugene Evans, que descobre uma assaltante de bancos foragida da justiça no seu celeiro e depressa se apaixona por ela. Juntos, pretendem assaltar um banco no México para poderem ser felizes.
Dreamland tem algumas referências interessantes e que compõem uma narrativa rica em vibes de Bonnie & Clyde. É também mais uma significativa prestação de Margot Robbie, que continua a provar que é uma das mais versáteis atrizes da sua geração. Temos também um Finn Cole, por quem ganhei um amor especial depois de Peaky Blinders e Animal Kingdom. Apesar de ter aspetos muito engraçados, Dreamland é um filme tão banal e tão desprovido de um propósito credível que se torna pouco cativante. A narrativa gira em torno dos protagonistas e, por muito carismáticos que sejam, não são suficientes para camuflar um cliché desnecessário e óbvio.
Dreamland é pobre em dar camadas às suas personagens e tem uma narrativa que não consegue distanciá-lo de filmes do género que, de alguma forma, conseguem ser bem mais envolventes que este. Utilizar referências a clássicos não deve ser feita sem um propósito claro. Dreamland vagueia por um meio que ele próprio não consegue entender. Há toda uma falta de desenvolvimento e a química entre personagens de nada serve se não houver algo sobre elas que nos faça criar empatia. A verdade é que o próprio final do filme é muito vago e sem força. Como não há tempo suficiente para nós, enquanto espectadores, nos conseguirmos envolver emocionalmente com os intervenientes, Dreamland torna-se um exercício baço e sem grande estímulo.
Claro que em termos técnicos até acaba por se revelar uma boa surpresa, mas a carência de ação e um enredo que não tem muito propriamente por onde se lhe pegue, faz com que este seja um filme só por ser. No restante elenco temos também Travis Fimmel, Garrett Hedlund e Kerry Condon que, honestamente, nada trazem para melhorar a situação de Dreamland. E a dupla protagonista não consegue dar a força que o filme necessita porque é explorada de forma muito superficial. Portanto, mesmo que as intenções de Dreamland fossem boas, o filme falha redondamente em tornar-se algo que se distingue dos demais filmes do género, e utiliza a sua dupla protagonista para disfarçar os seus maiores defeitos, ainda que sem sucesso.
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Título: Dreamland
Título Original: Dreamland
Realização: Miles Joris-Peyrafitte
Elenco: Margot Robbie, Travis Fimmel, Garrett Hedlund, Finn Cole, Kerry Condon, Darby Camp, Lola Kirke.
Duração: 101 min.
Trailer | Dreamland
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