A HBO não é necessariamente estranha no que refere a cooperações com outras produtoras de conteúdos originais. Basta ver a cooperação entre esta e a Sky, que nos deu origem a Chernobyl, a minissérie-revelação do ano passado. As duas voltam a unir esforços para uma nova série, e assim temos este The Third Day!
Composto por seis episódios – e dividido em dois arcos -, a minissérie é protagonizada por Jude Law e Naomie Harris como duas pessoas que, por circunstâncias diferentes, acabam se encontrar na pequena ilha de Osea, na costa britânica. E é nesta mesma ilha que ambos vão notando em eventos bizarros.
O MELHOR:
Bem, para o bem ou para o mal, The Third Day conta com algumas surpresas pelo caminho.
Começando logo pela cinematografia. Embora não seja tão inovadora quanto se possa imaginar, os trabalhos de câmara que pudemos testemunhar durante o seu curso conseguiu capturar a magia inerente do seu espaço cénico, mas não esquecendo que nem tudo é o que parece. Existe uma tensão palpável a cada esquina, os aldeões são suficientemente “amistosos”… Episódio atrás de episódio relembra-nos que há algo de errado na pequena ilha, e isto sem contar com os vários sinais de um culto religioso espalhados por tudo o que é lugar.
Esse fator creepy é também reforçado cortesia da banda-sonora, que captam a ideia do sobrenatural a trabalhar de maneiras misteriosas. Se bem que existem momentos em que a mesma parece estar a mais em algumas cenas; algo que se torna mais evidente ainda quando a banda-sonora começa a prevalecer sobre as trocas de diálogo.
O elenco de The Third Day também merece todo o apreço possível. Law e Harris conseguem ser soberbos com o material que lhes é oferecido. E isso torna-se mais evidente quando descobrimos um pouco mais sobre os seus traumas do passado e das suas experiências individuais no que refere ao luto por um ente querido.
O mesmo se aplica a alguns membros do elenco secundário que compõe os habitantes de Osea, com um especial destaque aos atores Paddy Considine, Emily Watson e Katherine Waterston, reforçando algumas ideias mais sinistras em indivíduos que aparentam ser normais no verdadeiro sentido da palavra.
O PIOR:
A própria narrativa de The Third Day acaba por deixar a desejar.
Não quer dizer que a sua trajetória não seja curiosa, com ambos os arcos a terem algo interessante para incluir, mas exibem os mesmos problemas comuns. Não só devido a algumas linhas de diálogo estranhas ou habituais no género, mas também porque a trama alonga-se em demasia com falta de informação ou omissão de elementos importantes para a história que só depois criam impacto dramático. É um sistema bastante fácil para o tipo de história que pretende transmitir à audiência.
Também não ajuda que os dois arcos, embora partilhem alguns elos de ligação (sem incluir a presença dos habitantes da ilha), não podiam ser tão diferentes entre si. O primeiro ato pode ser considerado um thriller psicológico, com alguma inspiração em obras como The Wicker Man; no entanto, o segundo ato não podia ser mais diferente, relembrando-nos de outras séries televisivas que incluem várias fações para criação de conflito. O segundo ato pode ter Naomie Harris como o ponto brilhante, mas o resto do arco deixa imenso a desejar por causa da sua temática mais dramática do que sobrenatural ou aterrorizante.
The Third Day pode ter ser uma série bonita de se ver, e ter Jude Law e Naomie Harris como protagonistas é uma enorme ajuda. Mas no panorama geral, esta série é um enorme tiro no pé para a HBO e a Sky.
The Third Day pode possuir uma fotograia impressionante e performances poderosas dos seus dois protagonistas mas mesmo assim estes elementos não chegam para salvar uma série ambiciosa que acaba por tropeçar em si mesma.
PODE CONTER SPOILERS DE THE THIRD DAY!!!
A HBO não é necessariamente estranha no que refere a cooperações com outras produtoras de conteúdos originais. Basta ver a cooperação entre esta e a Sky, que nos deu origem a Chernobyl, a minissérie-revelação do ano passado. As duas voltam a unir esforços para uma nova série, e assim temos este The Third Day!
Composto por seis episódios – e dividido em dois arcos -, a minissérie é protagonizada por Jude Law e Naomie Harris como duas pessoas que, por circunstâncias diferentes, acabam se encontrar na pequena ilha de Osea, na costa britânica. E é nesta mesma ilha que ambos vão notando em eventos bizarros.
O MELHOR:
Bem, para o bem ou para o mal, The Third Day conta com algumas surpresas pelo caminho.
Começando logo pela cinematografia. Embora não seja tão inovadora quanto se possa imaginar, os trabalhos de câmara que pudemos testemunhar durante o seu curso conseguiu capturar a magia inerente do seu espaço cénico, mas não esquecendo que nem tudo é o que parece. Existe uma tensão palpável a cada esquina, os aldeões são suficientemente “amistosos”… Episódio atrás de episódio relembra-nos que há algo de errado na pequena ilha, e isto sem contar com os vários sinais de um culto religioso espalhados por tudo o que é lugar.
Esse fator creepy é também reforçado cortesia da banda-sonora, que captam a ideia do sobrenatural a trabalhar de maneiras misteriosas. Se bem que existem momentos em que a mesma parece estar a mais em algumas cenas; algo que se torna mais evidente ainda quando a banda-sonora começa a prevalecer sobre as trocas de diálogo.
O elenco de The Third Day também merece todo o apreço possível. Law e Harris conseguem ser soberbos com o material que lhes é oferecido. E isso torna-se mais evidente quando descobrimos um pouco mais sobre os seus traumas do passado e das suas experiências individuais no que refere ao luto por um ente querido.
O mesmo se aplica a alguns membros do elenco secundário que compõe os habitantes de Osea, com um especial destaque aos atores Paddy Considine, Emily Watson e Katherine Waterston, reforçando algumas ideias mais sinistras em indivíduos que aparentam ser normais no verdadeiro sentido da palavra.
O PIOR:
A própria narrativa de The Third Day acaba por deixar a desejar.
Não quer dizer que a sua trajetória não seja curiosa, com ambos os arcos a terem algo interessante para incluir, mas exibem os mesmos problemas comuns. Não só devido a algumas linhas de diálogo estranhas ou habituais no género, mas também porque a trama alonga-se em demasia com falta de informação ou omissão de elementos importantes para a história que só depois criam impacto dramático. É um sistema bastante fácil para o tipo de história que pretende transmitir à audiência.
Também não ajuda que os dois arcos, embora partilhem alguns elos de ligação (sem incluir a presença dos habitantes da ilha), não podiam ser tão diferentes entre si. O primeiro ato pode ser considerado um thriller psicológico, com alguma inspiração em obras como The Wicker Man; no entanto, o segundo ato não podia ser mais diferente, relembrando-nos de outras séries televisivas que incluem várias fações para criação de conflito. O segundo ato pode ter Naomie Harris como o ponto brilhante, mas o resto do arco deixa imenso a desejar por causa da sua temática mais dramática do que sobrenatural ou aterrorizante.
The Third Day pode ter ser uma série bonita de se ver, e ter Jude Law e Naomie Harris como protagonistas é uma enorme ajuda. Mas no panorama geral, esta série é um enorme tiro no pé para a HBO e a Sky.
Podem ler outras Mini-Reviews aqui.
Estado da série: TERMINADA
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The Third Day pode possuir uma fotograia impressionante e performances poderosas dos seus dois protagonistas mas mesmo assim estes elementos não chegam para salvar uma série ambiciosa que acaba por tropeçar em si mesma.
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