CONTÉM SPOILERS DE ISLANDS OF WONDER!
Para além da BBC, o canal britânico PBS também produz ou coproduz em conjunto com a BBC, séries documentais. O resultado é o mesmo? Nem por isso, mas não deixam de ser abordagens interessantes, ainda que algo descontinuadas, sem o mesmo poder técnico que as produções originárias da BBC. Islands of Wonder é um desses casos. Ao longo de três episódios acompanhamos as ilhas de Madagáscar, Havai e Bornéu e todas as criaturas e comunidades locais que lá vivem. Animais e humanos estes que estão a ser prejudicados pelo crescimento desalmado da civilização moderna.

O MELHOR:
Apesar de ser demasiado curta e demasiado generalista, há sempre algo de bonito e novo a reter de Islands of Wonder.
A abordagem dos animais é feita num tom mais doce e mais simpático, especialmente proporcionarmos a honra de conhecer o pássaro mais velhote do planeta! É um albatroz fêmea e tem cerca de 67 anos! Já deu à luz mais de 37 crias! Uma proeza inédita e uma curiosidade adorável. Há também um aspeto bonito que torna Islands of Wonder carismática que é o foco nas comunidades humanas que tentam prosperar nas ilhas, sejam elas mais avançadas em termos civilizacionais (mais ou menos aproximados de nós em termos de desenvolvimento tecnológico e industrial) e revela alguns costumes desconhecidos para o público em geral.
Islands of Wonder também não se esquece de reforçar a ideia de proteção das mesmas e de alertar para a extinção em massa das espécies e de culturas tradicionais devido à industrialização do ser humano moderno. É uma altura especialmente importante, como já tenho vindo a referir nas minhas críticas e crónicas sobre o tema. E, mesmo que a diversidade de apresentação dos animais não seja original nem variada, pelo menos há o cuidado de prolongar alguns momentos para conhecermos os seus comportamentos.

O PIOR:
Islands of Wonder acaba por não causar o impacto que deveria ter causado por ser extremamente curta.
Há tantas ilhas maravilhosas, com espécies nativas. Focarem-se em apenas três acaba por remover algum do carisma que tantas ilhas partilham e as suas criaturas endémicas extraordinárias. Sentimos que apenas as “mais conhecidas” foram abordadas e, por muito que seja bom as revisitarmos, não deixam de saber a pouco.
A verdade é que Islands of Wonder é um título demasiado vasto e muito pouca informação foi dada. Tal como as espécies do continente e dos restantes oceanos, a vida nas ilhas é frágil e está em risco de desparecer devido à pegada humana. A urgência em revelar todas elas e toda a magia natural que se vai perder nunca foi tão essencial. Apesar de ser um registo notório ecológico, Islands of Wonder tinha obrigação de trazer mais informação ao espectador e mostrar, de facto, sem o “colorido” por cima que estamos numa fase muito crítica.
Mesmo assim não deixa de ser uma boa aposta para quem se quer a continuar a informação sobre o tema da influência humana no meio selvagem.

Estado da Série: TERMINADA
Leiam outras Mini-Reviews aqui.
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Islands of Wonder é uma minissérie documental doce, mas revela muito pouco do potencial que prometia. Ainda assim traz umas curiosidades adoráveis sobre os animais e comunidades que aborda.
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CONTÉM SPOILERS DE ISLANDS OF WONDER!
Para além da BBC, o canal britânico PBS também produz ou coproduz em conjunto com a BBC, séries documentais. O resultado é o mesmo? Nem por isso, mas não deixam de ser abordagens interessantes, ainda que algo descontinuadas, sem o mesmo poder técnico que as produções originárias da BBC. Islands of Wonder é um desses casos. Ao longo de três episódios acompanhamos as ilhas de Madagáscar, Havai e Bornéu e todas as criaturas e comunidades locais que lá vivem. Animais e humanos estes que estão a ser prejudicados pelo crescimento desalmado da civilização moderna.
O MELHOR:
Apesar de ser demasiado curta e demasiado generalista, há sempre algo de bonito e novo a reter de Islands of Wonder.
A abordagem dos animais é feita num tom mais doce e mais simpático, especialmente proporcionarmos a honra de conhecer o pássaro mais velhote do planeta! É um albatroz fêmea e tem cerca de 67 anos! Já deu à luz mais de 37 crias! Uma proeza inédita e uma curiosidade adorável. Há também um aspeto bonito que torna Islands of Wonder carismática que é o foco nas comunidades humanas que tentam prosperar nas ilhas, sejam elas mais avançadas em termos civilizacionais (mais ou menos aproximados de nós em termos de desenvolvimento tecnológico e industrial) e revela alguns costumes desconhecidos para o público em geral.
Islands of Wonder também não se esquece de reforçar a ideia de proteção das mesmas e de alertar para a extinção em massa das espécies e de culturas tradicionais devido à industrialização do ser humano moderno. É uma altura especialmente importante, como já tenho vindo a referir nas minhas críticas e crónicas sobre o tema. E, mesmo que a diversidade de apresentação dos animais não seja original nem variada, pelo menos há o cuidado de prolongar alguns momentos para conhecermos os seus comportamentos.
O PIOR:
Islands of Wonder acaba por não causar o impacto que deveria ter causado por ser extremamente curta.
Há tantas ilhas maravilhosas, com espécies nativas. Focarem-se em apenas três acaba por remover algum do carisma que tantas ilhas partilham e as suas criaturas endémicas extraordinárias. Sentimos que apenas as “mais conhecidas” foram abordadas e, por muito que seja bom as revisitarmos, não deixam de saber a pouco.
A verdade é que Islands of Wonder é um título demasiado vasto e muito pouca informação foi dada. Tal como as espécies do continente e dos restantes oceanos, a vida nas ilhas é frágil e está em risco de desparecer devido à pegada humana. A urgência em revelar todas elas e toda a magia natural que se vai perder nunca foi tão essencial. Apesar de ser um registo notório ecológico, Islands of Wonder tinha obrigação de trazer mais informação ao espectador e mostrar, de facto, sem o “colorido” por cima que estamos numa fase muito crítica.
Mesmo assim não deixa de ser uma boa aposta para quem se quer a continuar a informação sobre o tema da influência humana no meio selvagem.
Estado da Série: TERMINADA
Leiam outras Mini-Reviews aqui.
0 65 100 1Islands of Wonder é uma minissérie documental doce, mas revela muito pouco do potencial que prometia. Ainda assim traz umas curiosidades adoráveis sobre os animais e comunidades que aborda.
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