Se não sabiam por esta altura, a Amazon aliou-se com a Blumhouse para trazer alguns dos filmes de terror que tinham pré-selecionados para sala de cinema. Outubro encaixa perfeitamente para o fazerem e durante o mês poderão ver variados filmes com foco naquele que é um dos géneros mais difíceis de agradar a fãs de todo o mundo. A primeira entrada é uma agradável surpresa: Black Box. A história acompanha um pai amnésico que, após perder a esposa e a memória num acidente de viação, submete-se a um estranho tratamento de recuperação de memórias que o faz duvidar de quem ele próprio é.
Black Box pode não ser propriamente uma originalidade, já que esta temática tem vindo a ser copiada ano após ano. Mas é eficaz em conseguir transportar-nos para o centro da ação organicamente e muito se deve às prestações magníficas de Mamoudou Athie, Phylicia Rashad e da pequena Amanda Christine. O talento performativo faz com que os defeitos mais óbvios de Black Box sejam esquecidos e o espectador tenha algum conforto na qualidade do que está a ver. Esta é uma estreia para Emmanuel Osei-Kuffour e é uma que certamente preenche as medidas do público.
Para além de Black Box ser um thriller empolgante, a componente de ficção científica está aplica de forma interessante, aproveitando alguns conceitos que já conhecemos, e emaranhando-os num enredo repleto de mistérios que forçam o espectador a tirar as suas próprias conclusões. Este tipo de cinema é extremamente bom para nos manter presos ao ecrã e, mesmo que os twists sejam previsíveis a longo prazo, o filme não deixa de entreter e de nos deixar desconfortáveis.
A técnica de filmagem e os aspetos de horror que vão surgindo ao longo de Black Box trazem o filme para um patamar ligeiramente mais superior. Talvez o maior dos defeitos seja mesmo o desvendar do grande mistério numa altura muito tenra, mas os atos, a meu ver, estão bem intercalados e com uma estrutura simples e cativante. Claro que nos vamos esquecendo que estamos a ver algo já comum e não muito surpreendente, e isto deve-se, de facto, ao trabalho dos atores que são extremamente credíveis. Mesmo não tendo as soluções ou a execução que todos gostariam, Black Box é, para mim, um filme extremamente competente e um que age como uma brisa no cenário que se avizinha com filmes de terror banais e desprovidos de alma.
Se estão à espera de um bom serão de Halloween, então Black Box pode ser a vossa primeira escolha e acreditem que não se irão arrepender.
CONTÉM SPOILERS DE BLACK BOX!
Se não sabiam por esta altura, a Amazon aliou-se com a Blumhouse para trazer alguns dos filmes de terror que tinham pré-selecionados para sala de cinema. Outubro encaixa perfeitamente para o fazerem e durante o mês poderão ver variados filmes com foco naquele que é um dos géneros mais difíceis de agradar a fãs de todo o mundo. A primeira entrada é uma agradável surpresa: Black Box. A história acompanha um pai amnésico que, após perder a esposa e a memória num acidente de viação, submete-se a um estranho tratamento de recuperação de memórias que o faz duvidar de quem ele próprio é.
Black Box pode não ser propriamente uma originalidade, já que esta temática tem vindo a ser copiada ano após ano. Mas é eficaz em conseguir transportar-nos para o centro da ação organicamente e muito se deve às prestações magníficas de Mamoudou Athie, Phylicia Rashad e da pequena Amanda Christine. O talento performativo faz com que os defeitos mais óbvios de Black Box sejam esquecidos e o espectador tenha algum conforto na qualidade do que está a ver. Esta é uma estreia para Emmanuel Osei-Kuffour e é uma que certamente preenche as medidas do público.
Para além de Black Box ser um thriller empolgante, a componente de ficção científica está aplica de forma interessante, aproveitando alguns conceitos que já conhecemos, e emaranhando-os num enredo repleto de mistérios que forçam o espectador a tirar as suas próprias conclusões. Este tipo de cinema é extremamente bom para nos manter presos ao ecrã e, mesmo que os twists sejam previsíveis a longo prazo, o filme não deixa de entreter e de nos deixar desconfortáveis.
A técnica de filmagem e os aspetos de horror que vão surgindo ao longo de Black Box trazem o filme para um patamar ligeiramente mais superior. Talvez o maior dos defeitos seja mesmo o desvendar do grande mistério numa altura muito tenra, mas os atos, a meu ver, estão bem intercalados e com uma estrutura simples e cativante. Claro que nos vamos esquecendo que estamos a ver algo já comum e não muito surpreendente, e isto deve-se, de facto, ao trabalho dos atores que são extremamente credíveis. Mesmo não tendo as soluções ou a execução que todos gostariam, Black Box é, para mim, um filme extremamente competente e um que age como uma brisa no cenário que se avizinha com filmes de terror banais e desprovidos de alma.
Se estão à espera de um bom serão de Halloween, então Black Box pode ser a vossa primeira escolha e acreditem que não se irão arrepender.
Leiam outras Críticas aqui.
Título: A Caixa Negra
Título Original: Black Box
Realização: Emmanuel Osei-Kuffour
Elenco: Mamoudou Athie, Phylicia Rashad, Amanda Christine, Tosin Morohunfola, Charmaine Bingwa, Donald Elise Watkins.
Duração: 100 min.
Trailer | Black Box
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