PODE CONTER SPOILERS DE TRANSFORMERS: WAR FOR CYBERTRON – SIEGE!!!
Para as pessoas que viveram entre os anos 80 e 90, Transformers é um franchise que ainda hoje nos consegue arrancar um sentimento de nostalgia. A eterna batalha entre os Autobots e os Decepticons continua a fazer sentir-se nos dias de hoje através de novos bonecos, filmes, séries, videojogos, bandas desenhadas e afins. No entanto, é caso para dizer que o franchise, por culpa dos filmes de Michael Bay e de algumas séries animadas orientadas para a camada mais juvenil, se encontra num ponto de rutura. E é neste ponto de situação que a Netflix, em conjunto com a Hasbro, a Rooster Teeth e a Polygon Pictures, lançou Transformers: War for Cybertron, com Siege a ser o primeiro de três capítulos.
Composto por 6 episódios de 30 minutos, Siege transporta-nos para os últimos momentos da guerra civil no planeta Cybertron, com Optimus Prime (Jake Foushee) e os seus Autobots a tentarem encontrar uma maneira de escapar das garras de Megatron (Jason Marnocha) e dos seus Decepticons.
O MELHOR:
War for Cybertron – Siege traz um capítulo clássico dos Transformers para uma nova geração.
De uma certa forma, o conflito entre Autobots e Decepticons no seu planeta natal não é necessariamente algo de novo, especialmente considerando que outros meios encontram maneiras diferentes de retratar os mesmos eventos uma e outra e outra vez. Portanto, o que difere esta versão das demais?
A resposta revela-se simples: colocar os Autobots como os underdogs do conflito. Esse é um estatuto que marcou esta fação amigável, mas, na maior parte das vezes, vemos os dois lados de formas quase iguais. War for Cybertron – Siege coloca os Decepticons numa clara vantagem de números e poder bélico, o que obriga os heróis a tomar medidas mais drásticas só para sobreviver.
Esta situação negra consegue pintar War for Cybertron – Siege com um tom mais maduro do que o esperado, além de desafiar as convenções no que refere às personagens que tanto admiramos deste universo. A série dá-nos imensos exemplos, tais como ver Prime ainda a descobrir o seu caminho ou Bumblebee (Joe Zieja) num papel diferente do habitual. O mais surpreendente é que a série também consegue encontrar tempo para focar nos seus vilões de serviço e dar-lhes arcos narrativos surpreendentes por seu próprio mérito.
Existe o caso da Polygon Pictures a cargo da animação. O estúdio já se deu a conhecer através de outros projetos da Netflix, tais como Knights of Sidonia ou a trilogia de filmes animados de Godzilla. Posto isto, fica mais do que claro que o estúdio tomou inspiração no design dos Transformers da Primeira Geração (G1, para os mais puristas), além de lhes dar alguns pequenos e importantes detalhes aqui e acolá.
O PIOR:
Torna-se mais do que claro que Transformers: War for Cybertron – Siege tem algumas arestas por limar.
A Polygon Pictures faz um trabalho admirável ao trazer os clássicos Transformers para CGI, mas enquanto os seus modelos são fidedignos, as expressões de algumas personagens deixam um pouco a desejar. É um problema que se torna mais notável no leque de personagens que não usam máscaras, por exemplo.
A narrativa é bastante familiar, especialmente para os fãs veteranos. Claro que tem o tom mais maduro, mas igualmente acessível para quem quiser explorar este universo pela primeira vez, mas quem estiver minimamente familiarizado com o lore, decerto que não ficará surpreendido com os resultados testemunhados.
Outro grande problema reside na própria escrita e nos vários atores responsáveis pelos seus personagens. O conteúdo do que é dito não é tão exposition-heavy, mas tem alguns padrões que fazem levantar o sobrolho. O elenco bem tenta vender os seus personagens, e alguns atores até se safam bem nos seus papéis, mas a maioria custa a habituar, especialmente nos papéis mais icónicos.
De qualquer das formas, e depois das mais recentes desilusões, Transformers: War for Cybertron – Siege consegue ser um ponto de arranque para quem tiver saudades dos “bons, velhos tempos” ou para quem quiser começar esta nova aventura.
Resta esperar se os dois próximos capítulos – Earthrise e Kingdom consigam manter este nível ou mesmo melhorar aonde for preciso.
Podem ler outras das nossas críticas de Animeaqui.
Estado da série: TO BE CONTINUED
0721001
72%
Average Rating
Ainda que tenha algumas arestas por limar, a trilogia Transformers: War for Cybertron arranca da melhor maneira possível com este Siege.
PODE CONTER SPOILERS DE TRANSFORMERS: WAR FOR CYBERTRON – SIEGE!!!
Para as pessoas que viveram entre os anos 80 e 90, Transformers é um franchise que ainda hoje nos consegue arrancar um sentimento de nostalgia. A eterna batalha entre os Autobots e os Decepticons continua a fazer sentir-se nos dias de hoje através de novos bonecos, filmes, séries, videojogos, bandas desenhadas e afins. No entanto, é caso para dizer que o franchise, por culpa dos filmes de Michael Bay e de algumas séries animadas orientadas para a camada mais juvenil, se encontra num ponto de rutura. E é neste ponto de situação que a Netflix, em conjunto com a Hasbro, a Rooster Teeth e a Polygon Pictures, lançou Transformers: War for Cybertron, com Siege a ser o primeiro de três capítulos.
Composto por 6 episódios de 30 minutos, Siege transporta-nos para os últimos momentos da guerra civil no planeta Cybertron, com Optimus Prime (Jake Foushee) e os seus Autobots a tentarem encontrar uma maneira de escapar das garras de Megatron (Jason Marnocha) e dos seus Decepticons.
O MELHOR:
War for Cybertron – Siege traz um capítulo clássico dos Transformers para uma nova geração.
De uma certa forma, o conflito entre Autobots e Decepticons no seu planeta natal não é necessariamente algo de novo, especialmente considerando que outros meios encontram maneiras diferentes de retratar os mesmos eventos uma e outra e outra vez. Portanto, o que difere esta versão das demais?
A resposta revela-se simples: colocar os Autobots como os underdogs do conflito. Esse é um estatuto que marcou esta fação amigável, mas, na maior parte das vezes, vemos os dois lados de formas quase iguais. War for Cybertron – Siege coloca os Decepticons numa clara vantagem de números e poder bélico, o que obriga os heróis a tomar medidas mais drásticas só para sobreviver.
Esta situação negra consegue pintar War for Cybertron – Siege com um tom mais maduro do que o esperado, além de desafiar as convenções no que refere às personagens que tanto admiramos deste universo. A série dá-nos imensos exemplos, tais como ver Prime ainda a descobrir o seu caminho ou Bumblebee (Joe Zieja) num papel diferente do habitual. O mais surpreendente é que a série também consegue encontrar tempo para focar nos seus vilões de serviço e dar-lhes arcos narrativos surpreendentes por seu próprio mérito.
Existe o caso da Polygon Pictures a cargo da animação. O estúdio já se deu a conhecer através de outros projetos da Netflix, tais como Knights of Sidonia ou a trilogia de filmes animados de Godzilla. Posto isto, fica mais do que claro que o estúdio tomou inspiração no design dos Transformers da Primeira Geração (G1, para os mais puristas), além de lhes dar alguns pequenos e importantes detalhes aqui e acolá.
O PIOR:
Torna-se mais do que claro que Transformers: War for Cybertron – Siege tem algumas arestas por limar.
A Polygon Pictures faz um trabalho admirável ao trazer os clássicos Transformers para CGI, mas enquanto os seus modelos são fidedignos, as expressões de algumas personagens deixam um pouco a desejar. É um problema que se torna mais notável no leque de personagens que não usam máscaras, por exemplo.
A narrativa é bastante familiar, especialmente para os fãs veteranos. Claro que tem o tom mais maduro, mas igualmente acessível para quem quiser explorar este universo pela primeira vez, mas quem estiver minimamente familiarizado com o lore, decerto que não ficará surpreendido com os resultados testemunhados.
Outro grande problema reside na própria escrita e nos vários atores responsáveis pelos seus personagens. O conteúdo do que é dito não é tão exposition-heavy, mas tem alguns padrões que fazem levantar o sobrolho. O elenco bem tenta vender os seus personagens, e alguns atores até se safam bem nos seus papéis, mas a maioria custa a habituar, especialmente nos papéis mais icónicos.
De qualquer das formas, e depois das mais recentes desilusões, Transformers: War for Cybertron – Siege consegue ser um ponto de arranque para quem tiver saudades dos “bons, velhos tempos” ou para quem quiser começar esta nova aventura.
Resta esperar se os dois próximos capítulos – Earthrise e Kingdom consigam manter este nível ou mesmo melhorar aonde for preciso.
Podem ler outras das nossas críticas de Anime aqui.
Estado da série: TO BE CONTINUED
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Ainda que tenha algumas arestas por limar, a trilogia Transformers: War for Cybertron arranca da melhor maneira possível com este Siege.
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