CONTÉM SPOILERS!
Se há coisa de que não nos podemos queixar nesta temporada de Supergirl, é a capacidade que a série desenvolveu de equilibrar vários enredos, e de dar a cada personagem espaço para brilhar. Of Two Minds é prova irrefutável disso.
Um dos pontos centrais do episódio é a dinâmica entre Lena (Katie McGrath) e Sam (Odette Annable), na tentativa de “curar” a personagem. A amizade entre as duas cresce a olhos vistos e ambas as atrizes oferecem performances excelentes neste episódio. Embora a explicação da existência de uma dimensão paralela onde Reign e Sam conseguem interagir seja muito pouco credível, ver Odette Anable interpretar ambas as personagens nas mesmas cenas contribui para cimentar Reign como a vilã mais bem conseguida da série. Se estas cenas têm uma falha, esta prende-se com o diálogo que, como é infelizmente hábito nas séries de super-heróis da CW, acaba por cair em clichés desnecessários.
No DEO, a equipa lida com o aparecimento de Pestilence que se manifesta numa onda de doenças que afeta animais e seres humanos. Rapidamente se instala a dúvida existencial de todas as séries da DC; devemos ou não matar a vilã? Imra (Amy Jackson) insiste que esta será a única possibilidade e a série consegue felizmente mostrar-nos uma justificação completamente plausível para que ela acredite nessa solução. O crédito devido tem que ser dado a Supergirl por assumir desde o inicio que, embora seja rival de Kara (Melissa Benoist) no seu triângulo amoroso, Imra é uma personagem por si só. Mais do que isso, é difícil não gostar dela e a evolução do respeito mútuo e amizade com Kara tem sido um ponto forte da temporada. Kara consegue também dar o braço a torcer neste episódio depois de discordar cegamente com Imra, aceitando o seu ponto de vista ainda que mantenha os seus valores. Um conflito moral que tende a ser prolongado incessantemente noutras séries conseguiu ser relativamente agradável em Supergirl.
É raro atribuir a Winn (Jeremy Jordan) um ponto positivo na série sendo que a sua personagem tende a ser mais comic relief. Mas esta temporada, depois de Schott Through The Heart, continua a presentear-nos com momentos que elevam a personagem, particularmente aqui com uma cena intensa com James (Mehcad Brooks) que nos conta bastante sobre a sua personalidade.
É pena que, apesar de despender tanto tempo com a evolução de Reign, a série continue a não nos dar o conteúdo necessário com as Worldkillers, porque estão aqui e quem as controla. Esperemos que a reta final da temporada consiga fazer justiça ao inicio excelente destas vilãs.
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Of Two Minds equilibra na perfeição o que de melhor há nesta temporada mas apresenta também alguns dos seus elementos mais fracos.
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CONTÉM SPOILERS!
Se há coisa de que não nos podemos queixar nesta temporada de Supergirl, é a capacidade que a série desenvolveu de equilibrar vários enredos, e de dar a cada personagem espaço para brilhar. Of Two Minds é prova irrefutável disso.
Um dos pontos centrais do episódio é a dinâmica entre Lena (Katie McGrath) e Sam (Odette Annable), na tentativa de “curar” a personagem. A amizade entre as duas cresce a olhos vistos e ambas as atrizes oferecem performances excelentes neste episódio. Embora a explicação da existência de uma dimensão paralela onde Reign e Sam conseguem interagir seja muito pouco credível, ver Odette Anable interpretar ambas as personagens nas mesmas cenas contribui para cimentar Reign como a vilã mais bem conseguida da série. Se estas cenas têm uma falha, esta prende-se com o diálogo que, como é infelizmente hábito nas séries de super-heróis da CW, acaba por cair em clichés desnecessários.
No DEO, a equipa lida com o aparecimento de Pestilence que se manifesta numa onda de doenças que afeta animais e seres humanos. Rapidamente se instala a dúvida existencial de todas as séries da DC; devemos ou não matar a vilã? Imra (Amy Jackson) insiste que esta será a única possibilidade e a série consegue felizmente mostrar-nos uma justificação completamente plausível para que ela acredite nessa solução. O crédito devido tem que ser dado a Supergirl por assumir desde o inicio que, embora seja rival de Kara (Melissa Benoist) no seu triângulo amoroso, Imra é uma personagem por si só. Mais do que isso, é difícil não gostar dela e a evolução do respeito mútuo e amizade com Kara tem sido um ponto forte da temporada. Kara consegue também dar o braço a torcer neste episódio depois de discordar cegamente com Imra, aceitando o seu ponto de vista ainda que mantenha os seus valores. Um conflito moral que tende a ser prolongado incessantemente noutras séries conseguiu ser relativamente agradável em Supergirl.
É raro atribuir a Winn (Jeremy Jordan) um ponto positivo na série sendo que a sua personagem tende a ser mais comic relief. Mas esta temporada, depois de Schott Through The Heart, continua a presentear-nos com momentos que elevam a personagem, particularmente aqui com uma cena intensa com James (Mehcad Brooks) que nos conta bastante sobre a sua personalidade.
É pena que, apesar de despender tanto tempo com a evolução de Reign, a série continue a não nos dar o conteúdo necessário com as Worldkillers, porque estão aqui e quem as controla. Esperemos que a reta final da temporada consiga fazer justiça ao inicio excelente destas vilãs.
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