Rodrigo e Hai Lai (é sempre tão divertido dizermos o nome em voz alta com o sotaque do Rodrigo) regressam a Mozart in the Jungle com momentos de grande diversão e música clássica ao mais alto nível. Apesar de ter perdido algum carisma, não deixa de ser uma das mais subvalorizadas comédias da televisão.
O Melhor:
Gael García Bernal e o elenco são o melhor de Mozart in the Jungle.
A narrativa que nunca encontra um ponto concreto de seguimento também traz um certo carisma à comédia. São raros os casos em que um pouco de loucura ajuda a tornar uma série cativante.
A personagem de Gael García Bernal é extremamente divertida e consegue arrancar momentos verdadeiramente fabulosos ao longo dos episódios. A própria história, que é embelezada por momentos fantasiosos muito divertidos e música clássica que é aprazível ao ouvido, ganha vida por não ter um fio condutor forte.
Isto é, tal como as variantes da música clássica, Mozart in the Jungle, deixa-se levar pelo sabor dos seus próprios improvisos e pela sua irreverência em criar uma atmosfera algo lunática que poderá não ser para o gosto de todos.
O Pior:
O grande problema desta temporada de Mozart in the Jungle é o amor.
O amor rouba demasiado tempo e torna-se muito cliché para o tipo de série que é.
Estamos perante a lascividade da música, a irreverência, o “fazer as coisas sem pensar nelas”. O romance forçado entre Rodrigo e Hai Lai (continuo a achar tanta piada!) tira todo o protagonismo às suas personagens isoladas.
Ambos são importantes precisamente pelo seu contraste e os argumentistas estão a querer juntar duas figuras que têm diferenças de personalidade demasiado incompatíveis, criando momentos de algum aborrecimento.
O amor traz consigo consequências. Uma série que outrora primava pelo seu humor subtil (ele ainda lá está, é certo), dá agora lugar ao choro e às lamúrias e um amor que todos sabem que está condenado desde o início.
Ainda assim, Mozart in the Jungle é uma jóia da Amazon que promete continuar a recuperar dos seus erros da melhor forma e que traz uma sensação de alegria a todos os poucos fãs que a seguem.
Estado da Série: STAND-BY
Leiam o que temos a dizer de outra aposta da Amazon aqui.
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Apesar do enredo amoroso interferir com o fluxo irreverente da série, Mozart in the Jungle continua a apostar precisamente numa história invulgar e que suscita a curiosidade por se manter fiel às suas origens.
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Rodrigo e Hai Lai (é sempre tão divertido dizermos o nome em voz alta com o sotaque do Rodrigo) regressam a Mozart in the Jungle com momentos de grande diversão e música clássica ao mais alto nível. Apesar de ter perdido algum carisma, não deixa de ser uma das mais subvalorizadas comédias da televisão.
O Melhor:
Gael García Bernal e o elenco são o melhor de Mozart in the Jungle.
A narrativa que nunca encontra um ponto concreto de seguimento também traz um certo carisma à comédia. São raros os casos em que um pouco de loucura ajuda a tornar uma série cativante.
A personagem de Gael García Bernal é extremamente divertida e consegue arrancar momentos verdadeiramente fabulosos ao longo dos episódios. A própria história, que é embelezada por momentos fantasiosos muito divertidos e música clássica que é aprazível ao ouvido, ganha vida por não ter um fio condutor forte.
Isto é, tal como as variantes da música clássica, Mozart in the Jungle, deixa-se levar pelo sabor dos seus próprios improvisos e pela sua irreverência em criar uma atmosfera algo lunática que poderá não ser para o gosto de todos.
O Pior:
O grande problema desta temporada de Mozart in the Jungle é o amor.
O amor rouba demasiado tempo e torna-se muito cliché para o tipo de série que é.
Estamos perante a lascividade da música, a irreverência, o “fazer as coisas sem pensar nelas”. O romance forçado entre Rodrigo e Hai Lai (continuo a achar tanta piada!) tira todo o protagonismo às suas personagens isoladas.
Ambos são importantes precisamente pelo seu contraste e os argumentistas estão a querer juntar duas figuras que têm diferenças de personalidade demasiado incompatíveis, criando momentos de algum aborrecimento.
O amor traz consigo consequências. Uma série que outrora primava pelo seu humor subtil (ele ainda lá está, é certo), dá agora lugar ao choro e às lamúrias e um amor que todos sabem que está condenado desde o início.
Ainda assim, Mozart in the Jungle é uma jóia da Amazon que promete continuar a recuperar dos seus erros da melhor forma e que traz uma sensação de alegria a todos os poucos fãs que a seguem.
Estado da Série: STAND-BY
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0 85 100 1Apesar do enredo amoroso interferir com o fluxo irreverente da série, Mozart in the Jungle continua a apostar precisamente numa história invulgar e que suscita a curiosidade por se manter fiel às suas origens.
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